Segue a Tablatura da moda de viola As Três Cuiabanas, lembrando que esta em E(Mi) mas pode ser tocada em D (Ré)
E|---------------------------------------------------------|
B|-----0-0-0-0-0---0-2--2-2-----------0-0-0----------------|
G#|-0-0-0-0-0-0-0-1-0-1--1-1-0-0-0-0-0-0-0-0----------------| (1)
E|-0-0-----------2----------0-0-0-0-0----------------------|
B|---------------------------------------------------------|
E|-0-0-----------2----------0-0-0-0-0----------------------|
B|---------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------|
B|------------------------0-0-0-0--------------------------|
G#|-0-0-0-0-0-0---0-1--1-1-0-0-0-0-1-1-1-0------------------| (2)
E|-0-0-0-0-0-0-2-0-2--2-2---------2-2-2-0------------------|
B|-------------4-------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------|
B|---------------------------------------------------------|
G#|---------------------------------------------------------| (3)
E|-2-2-2-2-0-0-0---2-2-2-0-0-0-0---B-----------------------|
B|-4-4-4-4-2-2-0---4-4-4-2-2-0-0---------------------------|
E|---------------------------------------------------------|
B|-------7-7---------------0-2-2-2-0---0-------------------|
G#|-7-7-7-7-7-7-7---5-1---1-0-1-1-1-0-1-0-------------------| (4)
E|-7-7-7-----7-7---5-2---2-----------2---------------------|
B|---------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------|
B|------------------------------0-0-4-4-4-0-0-0-0----------|
G#|-0-0-0-0-----0--0-0-0-0---0-1-0-0-3-3-3-0-0-0-0-1-1-1-0--| (5)
E|-0-0-0-0-2-2-0--0-0-0-0-2-0-2-------------------2-2-2-0--|
B|---------4-4------------4--------------------------------|
(1)|Eu nasci numa data feliz bem depois do dia dezesseis
(2)|Por eu ser um menino sem pai fui criado com titio inês
(3)|Titio era cuiabano nessa lida também me criei
(4)|Ele era criador de gado no seu regime me acostumei
(5)|Tinha laço couro de mateiro escapava um rês do mangueiro
Eu deixava correr trinta dias por mês
(1)|Fiz viagem pra mato grosso na comitiva de um calabrês
(2)|Titio me deu um burro pampa que atendia por nome truques
(3)|Foi tirado da tropa rio grande outra escolha melhor não achei
(4)|Eu deixei pra mostrar minha ciência quando lá em Mato Grosso cheguei
(5)|Eu bambeei á rédea do pampa e o laço pegou pelas guampas
Berrava na chincha o zebu javanês
(1)|Tinha três mocinhas na janela Giuviliana, Clarice e Inês
(2)|Uma delas estava me gabando paulistinha ainda surra vocês
(3)|Cuiabano quiseram achar ruim o meu trinta na cinta eu bambeei
(4)|Por mostra minha ciência melhor por capricho o mestiço soltei
(5)|Ele tinha as guampas revessa e o laço escapou da cabeça
Pelas duas mãos eu lacei outra vez
(1)|O patrão me chamou lá pra dentro eu entrei com meu jeito cortês
(2)|Eu entrei no salão de visita lá fiquei rodeado das três
(3)|Perguntaram qual era a mais bonita vejam só o apuro que passei
(4)|Respondi todas as três são iguais foi do jeito que eu desaforei
(5)|A mais velha é um flor do campo a do meio é um cravo vermelho
A mais nova é uma rosa quando está de vez
(1)|Na hora da despedida foi preciso falar o português
(2)|O meu coração ficou roxo foi da cor de uma alho chinês
(3)|Eu deixei pra dar meus três suspiros quando o porto pra cá atravessei
(4)|As meninas me escreveram cartas brevemente à resposta eu mandei
(5)|Vou tomar linha sorocabana quero ver as três cuiabanas
Vou ver Giuviliana, Clarice e Inês
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